Como funciona a internação involuntária no Brasil

A internação involuntária é um recurso previsto por lei no Brasil para situações em que a pessoa, devido ao seu estado de saúde mental ou uso abusivo de substâncias, não consegue reconhecer a própria condição e recusa tratamento. Apesar de ser uma medida delicada, em alguns casos ela é essencial para proteger a vida e a saúde do paciente.

O que é internação involuntária

A internação involuntária acontece quando o paciente é internado sem o seu consentimento, por solicitação de um familiar ou responsável legal, com a devida avaliação médica.
Ela está regulamentada pela Lei nº 10.216/2001 e, desde 2019, também pela Lei nº 13.840, que incluiu regras específicas para casos relacionados à dependência química.

Quando a internação involuntária é necessária

Esse tipo de internação é indicado quando:

  1. O paciente está em risco iminente de causar danos a si mesmo ou a outras pessoas.

  2. Há comprometimento grave da saúde física ou mental, com prejuízo da capacidade de autocuidado.

  3. Recusa persistente em buscar ajuda voluntariamente, mesmo diante de crises severas.

Em todos os casos, é exigido laudo médico atestando a necessidade.

Como é feito o processo

  1. Solicitação por familiar ou responsável legal: a família leva o paciente até a clínica ou aciona o serviço de remoção especializado.

  2. Avaliação médica: um psiquiatra examina o paciente e emite um laudo confirmando a necessidade de internação.

  3. Comunicação às autoridades: a clínica deve informar ao Ministério Público em até 72 horas sobre a internação.

  4. Tratamento e acompanhamento: o paciente recebe cuidados médicos, terapêuticos e psicológicos durante todo o período.

  5. Alta médica: acontece assim que a equipe avalia que não há mais risco para o paciente ou para terceiros.

Direitos do paciente

Mesmo sendo involuntária, essa internação deve respeitar todos os direitos humanos e garantias legais, como:

  • Receber tratamento digno e humanizado.

  • Ter acesso a informações sobre sua saúde.

  • Contato com familiares, salvo em casos específicos para sua proteção.

Vantagens quando feita de forma correta

  • Evita riscos graves para a vida do paciente.

  • Oferece ambiente seguro e monitorado.

  • Garante tratamento contínuo até estabilização.

  • Pode ser o início de um processo de recuperação mais duradouro.

O papel da família

Durante e após a internação, a família tem papel fundamental. Participar de reuniões, terapias familiares e compreender o tratamento ajuda na reintegração do paciente à vida social e familiar.

Conclusão

A internação involuntária não deve ser vista como punição, mas sim como uma medida de proteção. Quando realizada com ética e responsabilidade, pode salvar vidas e oferecer a chance de recomeçar.

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